Fanfic - Beauty and the Beast (Capítulo 02 - "Primeiro desejo para essa noite: Deixe-me ser o seu deleite.")

26/08/2013 01:14

 

Já era madrugada, Risoleta havia acabado de sair de um banho quente, só assim para conseguir relaxar depois de uma noite tumultuada como aquela. O vapor acumulado saltava ao quarto de boneca dela, deixando uma espécie de névoa no local. Já trajava a sua habitual camisola preta de seda, quando percebeu pelo reflexo do espelho que a janela da sacadinha do seu quarto estava entreaberta. Não teve tempo suficiente para raciocinar no "por que", quando subitamente sentiu uma mão gelada subir por sua barriga e um braço envolver a sua cintura. Ela tentou olhar para ele, mesmo do reflexo do espelho, mas foi em vão. Seus sentimentos e desejos falaram mais alto, e Risoleta apenas fechou os olhos, ciente de que aquele corpo por detrás do seu era de Aristóbulo. Não precisava olhar, nem mesmo de palavras dele. Ela conseguia sentir a sua presença onde quer que fosse.  Estavam tão envolvidos, que ela reconheceria Aristóbulo mesmo com o melhor disfarce do mundo, mesmo como uma fera que ele era. Sua voz não passou de um suspiro - Professor... Como? - A mão gelada que subia por sua barriga, agora percorria no meio dos seus seios, causando-lhe arrepios por seu corpo recém-saído do banho. Ele alcançou o ombro esquerdo dela, e desceu suavemente a alça da camisola. Levou os lábios com um beijo quente, passando a língua bem devagar, como a sentir o gosto de pequenas partes do corpo dela. Risoleta não conteve um gemido baixo na sua garganta. - Não diga nada, dona Risoleta. Deixe-me saborear um pouco da senhora, enquanto ainda tenho tempo... - Os beijos dele subiam rapidamente e com vontade para o seu pescoço, fazendo com que a mulher deixasse a cabeça pendente para o lado, dando toda a abertura que ele desejasse. O jeito como ele a beijava, como a língua dele descia pelo seu pescoço, o modo como ele segurava a sua nuca por entre seus cabelos, era enlouquecedor para ela. E aqueles todos eram justamente seus pontos fracos. E ele sabia. Ele simplesmente sabia. Como? Nem a própria Risoleta conseguiria explicar, muito menos agora. Mas ele sabia o que fazer com ela. Sua mente já não respondia mais. Por entre aquele consentimento que ela lhe dava sobre seu corpo, deixava-se perder nas mãos e nos lábios daquele homem que ela amava. E sim, ela o amava. Percebeu isso após se deparar com os olhos espantosamente azuis dele assim que pararam de se beijar dentro daquela cova. Porém, ela foi tirada do seu próprio deleite, assim que sentiu uma espécie de "fisgada" na cintura. Como se uma garra a apertasse com força. Aristóbulo, sem saber como, estava começando a se transformar. - E-eu, eu preciso ir, dona Risoleta. - Ele começou a andar desordenado para o quarto, diante das súplicas dela - Por favor, professor, me deixa cuidar de você. - Aquelas palavras doeram tanto na alma dele, que se ele pudesse, certamente teria gritado, uma vez. - Eu preciso mesmo ir, sinto muito. - Aristóbulo saltou janela afora, aflito por não compreender o motivo daquela transformação fora de hora. Será que o amor dela irá ajudá-la a se proteger da fera que habita dentro dele?