Fanfic - Beauty and the Beast (Capítulo 09 - Segredos que vieram à tona (Relembrando o capítulo))
Noite de quinta para sexta-feira. Dessa vez, com Lua Cheia. Vamos rever os fatos marcantes desse dia especial?
Era a festa de candidatura do futuro novo candidato à prefeitura pelo partido de Bole-Bole, o ilustre professor Aristóbulo Camargo. Seus pais, também não foram a mais esse evento. Maria Aparadeira estava enlouquecida por ver a sua querida filha Marcina ser de fato considerada uma primeira-dama, e ainda mais ao lado de alguém com tantos qualificativos como o professor. Porem, apesar da orquestra de Bole-Bole tocar a mil para entreter os convidados noite adentro, um pouco distante, na pensão, Risoleta preocupava-se, pois já estava quase perto da meia noite e seu amado Aristóbulo ainda estava preso á festa, e por conta disso, corria grande risco. O amor que Risoleta sentia por ele era forte demais para mantê-la afastada sem ajuda-lo. Correu apressadamente para o Centro Cívico e, quietinha, escondida pelo do registro de luz, ficou observando com um sorriso estampado no rosto e olhos cheios de alegria o discurso do seu amado. Se alguém a visse ali, olhando daquela maneira para ele, certamente perceberia o quanto ela o amava.
Zico Rosado demorara tanto a chegar que Aristóbulo empolgou-se ainda mais com seus discursos de sempre. Mas agora esse era histórico. Esse momento era histórico. Ele estava finalmente realizando o sonho no qual se preparara durante toda a vida, de se tornar uma figura ilustre e ilustrada, deixando sua marca na história de Bole-Bole. Mas nem tudo é perfeito... Noite de sexta-feira, e as badaladas do sino da igreja começam a ressoar. Bia e Pedro gravam seu Encolheu tentando entregar um dossiê difamatório escrito por dona Redonda a um dos capangas de Zico. A deceptude com o partido é tanta, e a bacafuzada está a mil, que ninguém ali ouve os sinos tocarem, anunciando a chegada do novo dia. Ninguém ali defronte aquela loucura percebe, a não ser Risoleta.
“Ele não vai conseguir!” – É tudo o que ela consegue pensar. Observa escondida Aristóbulo começando a sentir os espasmos da transformação e como num passe da mágica, apenasmente para dar mais mistério e salvar a vida e a reputação de seu amado, as luzes se apagam. Risoleta, de longe, observa com os olhos carregados de admirancia a transformação começar apenasmente sob a luz do luar que vinha da janela. Todos ali surtam de medo, e Aristóbulo acaba por se transformar em lobisomem na frente de todos os Bolebolenses, e a fugir em seguida pela janela.
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A mágoa foi muita, e a vergonha assolava a mente do pobre homem. Depois de tentar inutilmente se recompor, Aristóbulo passara a sentir a rejeição de todas as pessoas na cidade, até mesmo no local onde trabalhava. Aqueles antes que o admiravam, passaram a temê-lo e julgá-lo por ter “saído do armário”. A senhorita Marcina, cansada dessa história toda e do novo preconceito da mãe com relação à “lobisomice” de Aristóbulo, procura o professor para lhe confessar toda a verdade daquela bendita e falsa candidatura a prefeito. Ao invés de mágoa e vergonha, ele passa a sentir ódio daqueles falsos desgraçados que o usaram e abusaram de seu sonho e de sua boa vontade, de seu bom caráter para fins meramente egoístas. Ele sente que já não consegue se controlar como antes e agradece Marcina por ter lhe dito a verdade. Passam a se tornar bons amigos, como sempre foram na verdade.
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No final do encontro de Aristóbulo e Marcina na repartição, a jovem deixa o professor com devaneios a respeito do assunto que gostaria de tratar com ele logo mais, em sua casa - Professor, gostaria de lhe falar outra coisa também. Mas lhe direi mais tarde, na sua casa, tudo bem? Acho que o que eu tenho para lhe dizer não deve ser dito por aqui, porque tem a ver com seu coração – Marcina sai sorrindo, aliviada por finalmente consertar os estragos feitos por outros.
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